“Eu passei por muita dor, muito sofrimento, mas hoje em dia, pela honra e glória de meu Deus, eu estou em posse de vitória. Porque Deus fez com que aparecessem esses anjos pra descobrir esse erro que aconteceu e que manteve meu filho preso esse tempo todinho”, disse à reportagem Maria da Penha Constantino, mãe de Eridan.
Os “anjos” a que Maria da Penha se refere são os advogados Joallyson Resende e Thiago Melo, responsáveis por descobrir que o alvará de soltura de Eridan já havia sido expedido há muito tempo. “Infelizmente hoje, no nosso país, muitos apenados não tem o acompanhamento devido por uma defesa técnica. Só agora quando ele nos contratou para analisar o processo dele que verificamos esse erro, que inclusive já poderia ter sido verificado anteriormente”, disse Melo.
Tudo começou com um assalto no bairro de José Américo, em maio de 2011. A vítima, que teve seu celular roubado, também foi esfaqueada e morreu. Na época, a polícia prendeu Renato Lira, que confessou o crime e apontou Eridan como comparsa. Ele, então, foi condenado por latrocínio, à pena de mais de 20 anos de reclusão.
Dois anos depois, a Câmara Criminal do TJ-PB julgou um recurso que pedia a soltura de Eridan por falta de provas, já que, contra ele, havia apenas o depoimento de Renato. O órgão absolveu Eridan por unanimidade, tendo expedido o alvará de soltura no mesmo dia. Mas o documento nunca chegou à Vara de Execuções Penais.
Desde então, ainda de acordo com a TV Cabo Branco, ele passou por vários presídios na Paraíba. O último, PB-1, é de segurança máxima. Agora livre, Eridan diz querer trabalhar, mas lamenta as dificuldades que deverá encontrar para voltar ao mercado de trabalho tendo histórico criminal — ainda que tenha sido inocentado.
Fonte: UOL

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