Na manhã desta terça-feira (18), o Centro de Atendimento Psicossocial infanto-juvenil Artur Lima Rocha (CAPS I), na Avenida Barros e Almeida, amanheceu lotado.
A dona de casa Marilene Silva buscava atendimento para o filho especial e relatou ao repórter Itajaí Júnior, da Andaiá FM, que há mais de seis meses tem enfrentado a fila para marcar uma consulta com um neuropediatra.
“Mais de seis meses aguardando para marcar uma consulta. Apenas um único dia em um mês para marcação e muitas pessoas chegam aqui de madrugada e não conseguem marcar. Tem mãe e pai que não têm com quem deixar sua criança e vir para uma fila às 1h da manhã”, disse.
Muitas mães, que dormiram na fila, informaram que é preciso chegar ainda de madrugada para tentar marcar atendimento com médicos especialistas e disseram ainda que, além da falta de médicos, não há medicação disponível para iniciar ou dar continuidade a um tratamento.
“Estamos reivindicando o direito de nossas crianças. Sem médico, sem psicólogo. Não tem medicação, e alguém tem que tomar providências. Estamos deixando nossos filhos para encarar essa fila, sem medicamento e sem atendimento médico”, denunciou outra mãe.
Muitos pais também reclamaram da demora para conseguir agendar uma consulta. Há situações de requisição para agendamento com quase um ano, na tentativa, sem sucesso.
“Estou com uma requisição para marcação desde agosto do ano passado. Todos os meses estamos aqui para tentar marcar uma consulta sem conseguir. Além de tudo, nossos filhos estão sem ir à escola porque não tem transporte. E aí, prefeito, tem verba para o São João, artistas de pompa e não tem para o atendimento ocupacional?”, arguiu outra. blogdovalente

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