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APLB comemora novo ensino médio: "Vencemos mais uma batalha"

 


Coordenador licenciado do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA), o professor Rui Oliveira falou em entrevista sobre a reforma do novo ensino médio, aprovado nesta terça-feira, 9, na Câmara dos Deputados.


De acordo com o mestre em química pela Universidade Federal da Bahia (UFB), a aprovação do projeto passou por uma série de obstáculos até a conclusão do texto final. O principal deles, segundo Rui Oliveira, foi o deputado e ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (União).


"(o texto) Na câmara era um retrocesso total. Pressionamos o governo federal, que fez uma escuta com a comunidade educacional e mudou o texto. Foi enviado à câmara um texto relativamente bom. Não era o ideal, mas era o real. No entanto, o deputado Mendonça Filho, que foi ministro da Educação de Temer, mudou totalmente como relator do texto, alterando e distorcendo tudo para favorecer o setor privado. Fizemos uma grande mobilização e garantimos com a Ubes a votação do texto que nós queríamos. Esse texto foi para o Senado, não tendo nenhuma alteração, e voltou para a Câmara. Mendonça Filho tentou novamente mexer, mas não conseguiu", contou Rui.


Sobre a opinião em relação ao texto final, o coordenador da APLB seção Bahia ratificou a importância de reduzir a distância dos estudantes da rede pública de ensino com o ensino superior.


"Esse não é o ensino médio dos nossos sonhos, mas é o ensino médio real. O anterior visava distorcer, negar o acesso às universidades para os estudantes de escola pública e dificultar o ingresso na pós-graduação. Isso fazia com que os meninos pretos e pobres das escolas públicas não tivessem perspectiva de subir para fazer o ensino superior ou ensino técnico. Vencemos mais uma batalha e vamos agora garantir que o Governo Lula sancione o projeto. Vai começar a modificar para o ano toda essa trajetória do ensino médio. Uma vitória da categoria, uma vitória da educação e dos educadores", completou.


O substitutivo mantém o aumento da carga horária da formação geral básica previsto no projeto original, de 1.800 para 2.400 horas (somados os três anos do ensino médio) para alunos que não optarem pelo ensino técnico.

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