
O Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) manifestou neste domingo, 5, seu repúdio ao caso de racismo envolvendo a enfermeira Camilla Ferraz Barros, então vinculada ao Hospital Mater Dei Salvador, mas que foi demitida após denúncias de ter proferido ofensas racistas contra uma funcionária de uma loja de pet shop na capital baiana.
Em nota oficial, o Coren-BA destacou que a conduta atribuÃda à profissional fere os valores éticos e humanos que fundamentam a prática da enfermagem, sendo incompatÃvel com o compromisso da categoria em promover respeito, dignidade e justiça.
O órgão reforçou que o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem estabelece, entre seus princÃpios fundamentais, o respeito irrestrito aos direitos humanos, incluindo o combate à discriminação por raça, etnia, gênero ou condição social.
O presidente do Coren-BA, Davi Apóstolo, classificou o episódio como “inaceitável” e enfatizou a necessidade de combater o racismo em todas as suas formas.
“Atos de racismo são crimes inaceitáveis que envergonham nossa sociedade e violam os princÃpios fundamentais de nossa profissão. Reafirmamos nosso compromisso com a luta contra qualquer forma de discriminação e com a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária”, declarou Apóstolo.
A nota também reforçou que o racismo é crime previsto na legislação brasileira e afirmou que o Coren-BA acompanhará rigorosamente a apuração dos fatos. A entidade se comprometeu a garantir que os princÃpios éticos da enfermagem sejam respeitados, reforçando que práticas discriminatórias não têm espaço na profissão.
No vÃdeo que viralizou nas redes sociais, é possÃvel ouvir a enfermeira dizer que é juÃza e que poderia dar voz de prisão à funcionária do pet shop. No final, ela dispara para a trabalhadora: "petista, baixa e preta".
0 Comentários