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Veja o que se sabe até agora sobre morte de mulher após plástica


Na madrugada desta terça-feira, 18, Verusca Rendall de Carvalho, de 54 anos, faleceu após complicações decorrentes de procedimentos estéticos realizados na véspera, em uma clínica localizada no bairro de Ondina, em Salvador. A mulher havia iniciado as cirurgias por volta das 9h de segunda-feira, 17, e só concluiu os procedimentos às 00h de terça-feira, somando mais de 14 horas de intervenções no abdômen, seios e glúteos.


O laudo pericial que esclarecerá as causas da morte deve ser divulgado em até 30 dias. Segundo familiares, a vítima não havia compartilhado com outros membros da família, exceto com o marido, sobre as cirurgias que planejava realizar. A irmã de Verusca comentou sobre a situação e destacou sua preocupação com os procedimentos realizados.


"Só o marido dela sabia que ela faria as três cirurgias de vez. Ela não quis contar porque sabia que o resto da família não iria aprovar. Então a gente não tá culpando o médico, porque isso tem que ser investigado, mas vemos de cara que não era para ter sido realizado. Cabe ao médico dizer ao paciente o que pode e o que não pode ser feito."


Além disso, a família da vítima alega que a clínica não tinha médico disponível para monitorar o quadro da paciente durante as complicações. Contudo, em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, o delegado Nilton Borba, titular da 7ª Delegacia Territorial (DT), desmentiu essa acusação e afirmou que havia uma médica na clínica que iniciou imediatamente as manobras de ressuscitação quando percebeu que Verusca passava mal.


"Tinha uma médica que, inclusive, estava dormindo no quarto ao lado. Dois minutos após ela descobrir que a paciente estava passando mal, a médica iniciou as manobras necessárias, as manobras médicas de ressuscitação. Inclusive, chamou o SAMU também. A médica estava lá e, inclusive, o nome dela está registrado aqui. Ela será ouvida também. Mas ela iniciou os procedimentos de ressuscitação, as manobras de ressuscitação, e chamou o SAMU, pois, caso fosse necessário transferir a paciente para outro hospital com UTI, tomaria todas as providências."


O delegado ainda destacou que a causa do óbito só poderá ser confirmada após a conclusão da necropsia e a análise dos laudos periciais, que irão embasar a investigação.


O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) também se manifestou sobre o caso e informou que instaurou uma sindicância para apurar as circunstâncias da morte de Verusca. O órgão acrescentou que a família pode, a qualquer momento, se juntar ao processo como parte ativa da investigação.


"O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) informa que instaurou ex-officio uma sindicância referente ao caso. No entanto, a qualquer momento, querendo, a família, através de representante habilitado, pode fazer parte do polo ativo da demanda. O Conselho irá dar prosseguimento aos ritos da apuração de acordo com o previsto no Código de Processo Ético-Profissional (CPEP). Em decorrência da disposição prevista no CPEP, esclarecemos que todos os processos na autarquia federal tramitam em sigilo processual, respeitando o amplo direito de defesa e do contraditório. Por fim, havendo sanções públicas transitadas em julgado, serão disponibilizadas para conhecimento da sociedade."


A investigação segue em andamento, e os detalhes sobre as causas da morte devem ser esclarecidos com a finalização dos exames periciais.

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